quinta-feira, 23 de julho de 2015

MASP-exposições

    Aleluia...... depois de muito tempo finalmente o MASP parece ter algumas exposições minimamente interessantes, a última vez que a meu ver isso tinha ocorrido foi na exposição "Caravaggio e seus Seguidores" em 2012, isso mesmo 2012. O espaço do MASP é incrível e um marco da arquitetura brutalista paulista, projetado por Lina Bo, mais sempre acho aquele espaço sub aproveitado ainda mais levando em conta o acervo imenso que possui.
  Enfim três exposições legais estão rolando, não são projetos gigantescos, mas sem dúvida marcantes,e todas acervo do próprio museu uuhhuuu: HISTÓRIAS DA LOUCURA: DESENHOS DO JUQUERY, ARTE DA ITÁLIA: DE RAFAEL A TICIANO,ARTE DA FRANÇA: DE DELACROIX A CÉZANNE.
  A que inicialmente me interessou muito foi  HISTÓRIAS DA LOUCURA: DESENHOS DO JUQUERY, sempre me interessei pela história da loucura (ou aquilo que é tido como loucura,e seus tratamentos,muitas vezes desumanos,até hoje) o asilo é um marco no tratamento  da loucura em São Paulo, criado pelo medico Franco da Rocha, e os relatos descritos no livro O Espelho do Mundo - Juquery, a História de um Asilo de Maria Clementina Pereira Cunha é um relato  incrivelmente realista das atrocidades vividas naquele espaço, com um profundo trabalho histórico de busca de fichas médicas, relatos , fotos entre outros materiais bibliográficos o livro é fácil de ler mesmo para quem não for da área , eu li no primeiro ano da faculdade de História e achei interessante a forma como aquilo que é diferente pode ser condenado e como muitas práticas permanecem até hoje talvez de formas mais sutis  mais que ainda buscam a exclusão de determinadas pessoas. Então os desenhos dos internos me interessam por serem a voz daqueles que vivenciaram essa experiência na integra.
Lembrando que o museu é grátis as terças feiras o dia todo,abrindo as 10:00 da manhã e as quintas no período da tarde (nunca fui nesse horário),como o museu tem um preço meio que salgado R$25,00 inteira com politica de meia entrada nos outros dias,creio que vale a pena enfrentar as filas.

continua :Carmelita Costa 



sábado, 11 de julho de 2015

O Menino da Cidade




Existe uma chance para você, quando todo o sistema está contra você ?
Quando o mundo é frio e não se importa com você absolutamente ?
Quando aqueles que deviam te proteger não são capazes e provavelmente não foram protegidos  e   hoje repetem erros  num ciclo sem fim !!
Que chance existira pra você que chora as 10 da noite sendo pequeno, tendo fome e frio e não exite quem lhe socorra?
Que chance real você terá crescendo em plena Sé ?
Eu me pergunto o que será de vc ? 
O que aprendera? 
Como se vive apenas sobrevivendo, subsistindo?
Falando com o guarda o mesmo diz que vc não terá futuro, que infelizmente será um menor que rouba, mata e faz o que quer, um dia ele terá infelizmente que lhe prender e ele espera que eu não seja a vítima!! 
Mais no fim você é a vítima, pois nunca poderá fazer o que quiser, sua chance de escolha, de decisões e mesmo seus possiveis sonhos lhes  foram tirados antes mesmo de existirem, antes de você ter se dado conta que sonhar era possivel eles foram engolidos nessa praça,nessa cidade, nesse sistema.
Quem deveria se importar, lhe proteger te deixou, todos nos lhe deixamos.


Por Carmelita Costa

sábado, 4 de abril de 2015

Experimentar é conhecer

 Dia desses encontrei um amigo, para um diálogo e para partilharmos vivências e experiências, ele é artista, é grafiteiro, seu pseudônimo é Daniel Odel, e mediante a esse conhecimento foi possível elaborar um estêncil arte, que por sua vez pude ver e experimentar na prática, em alguns momentos.


Foto: Lamarques Adam
 O grafite é a ação de escrever ou desenhar em "spot" ou seja em uma superfície na cidade, em um lugar publico, nas paredes de prédios e casas, nos muros e entre outros. E é atrelada a alguns movimentos sociais em destaque o Hip Hop. Esta manifestação teve inicio na cidade de Nova Iorque nos Estados Unidos, e esse movimento no Brasil mais especificamente em São Paulo ganhou forma em 1970.
 Mas, mais do que relatar onde surgiu e dialogar como a estética do grafite se modificou com o passar do tempo e especialmente quando veio para o Brasil, é importante também refletirmos por qual razão esse movimento tem seu valor. Desde o principio o grafite tem sido utilizado como arma para evidenciar opressões sofridas pela humanidade, além de retratar a realidade das ruas, com o intuito de obter liberdade e sendo favor de melhorias sociais.
Foto: Daniel Odel
 Além, notoriamente, de ser uma arte democrática, por seu suporte ser a cidade, onde um grade fluxo de pessoas de todas as classes sociais transitam a todo momento, sendo passível de fruição, por ser uma arte acessível a todos.
 A educação esta ligada também a experiências, ao pulo para o universo do outro, a relacionar-se a compartilhar ideias numa troca de saberes.
 Enfim a experiência faz com que conheçamos todas as facetas desse mundo, e nos enriquece de uma forma mais humana e prazerosa.

"Não se engane com o gato, pois, independência e liberdade é o que simbolizam essa imagem"



Por: Tricia Iziz

sábado, 28 de março de 2015

Exposição "O mundo segundo Mafalda": conversas com uma arte-educadora.


Joaquim Lavado é QUINO, criador da querida e contestadora Mafalda.

A exposição “O mundo segundo Mafalda” iniciou-se em 17/12/14 na cidade de São Paulo SP.
O local escolhido para receber a exposição foi a Praça das Artes, espaço que atualmente abriga parte da administração do Theatro Municipal de São Paulo, e os conservatórios de dança e música.
A curadoria da exposição e montagem, pertence ao Museu Barrilete (Museu das crianças) de Córdoba na Argentina, em parceria com a secretaria de cultura da cidade de São Paulo.

A formação do educativo, foi atribuída a empresa “Limão produções culturais”, que selecionou arte-educadores, das áreas de História, Letras, Artes cênicas, Artes visuais, Filosofia, Ciências Sociais e Jornalismo, para atuar na monitoria de visitas de escolas e público espontâneo.
A exposição oferecia entrada gratuita e ficava aberta ao público de segunda à segunda. “O mundo segundo Mafalda”, encerrou-se dia 15/03/15.
Sobre o educativo da exposição, trabalhávamos com material didático fornecido pelo Museu das Crianças, que consistia na contextualização histórica da personagem, com informações de seu criador (Quino); junto com informações técnicas de histórias em quadrinhos, além de aspectos e posições ideológicas que a personagem manifestava através de seus diálogos.

A parte mais importante do trabalho, era o atendimento a grupos de escolas e faculdades que procuravam a monitoria com os educadores, no intuito de obterem uma formação histórica e crítica sobre o assunto.

Sopa: uma alusão aos regimes militares na Argentina.

As visitas monitoradas tinham a duração de 1h30, onde era apresentado o personagem para os grupos, em um processo que envolvia questionamentos e debates, principalmente quando eram apresentadas as temáticas abordadas pela personagem Mafalda, como: política, feminismo, repressão, infância, guerra, meio ambiente e outros temas do cotidiano humano.
Um dos ambientes onde sempre havia um padrão de atenção e interesse, era um espaço que reconstruia um apartamento de classe média argentina nos anos 60, onde os alunos observavam como a tecnologia (TV e telefone) estavam desconfigurando os lares tradicionais e incorporando um novo estilo de vida na sociedade argentina.


Após a visita expositiva, cada educador tinha a liberdade de elaborar oficinas envolvendo a criação de histórias em
quadrinhos, produções de textos e dinâmicas lúdicas com os grupos.
A faixa etária dos alunos atendidos variava: de crianças da pré-escola, fundamental I e II, ensino médio, faculdades, ONGs, centros de convivência e grupos de idosos; sendo essas instituições públicas e privadas.

Colégio São Judas Mooca, março 2015.

No geral, a atividade como educador era muito prazerosa, pois a temática abordada nos ajudava a conduzir uma visita lúdica, mas ao mesmo tempo educativa, crítica e questionadora com os alunos.
O trabalho dos arte-educadores demonstra como é importante a educação informal como complementação a sala de aula. Assim como, percebemos que os eixos temáticos que apresentávamos para os alunos, eram os mesmos usados na escola, porém sobre uma abordagem diferente da “oficial”.
Ademais, nosso intuito era despertar o hábito da leitura através das histórias em quadrinhos, principalmente quando trabalhávamos com crianças e adolescentes.

Por: Raysa Matelini.



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

São Paulo, cultura diversidade e acesso.

Em São Paulo algo que não falta são lugares para ver, aqui encontramos uma variedade de locais culturais, desde as casa de culturas, centros culturais, museus, bares e baladas para todos os gostos feirinhas de tudo que é jeito, um amplo circuito para os alternativos hipsters de plantão, comida japonesa, árabe, indiana entre todas as outras, enfim tem um pouco de tudo, e tudo mesmo, quando falo isso é por crer que aqui cada parte do  mundo pode ser encontrado se procurada atentamente; o que torna a cidade uma das mais cosmopolitas do mundo, a faz brilhar por sua diversidade e cultura ao mesmo tempo que se destoa por conta da desigualdade que existe; desigualdade essa que se faz presente não somente na questão da desigualdade social mais também no acesso a certos espaços da cidade.
Hoje temos diversos mecanismos de inclusão, incentivos para a apropriação da cidade, porém grande parte dos mecanismos de obtenção da dita arte clássica ainda estão nas áreas centrais da cidade, muitas vezes inacessíveis as parcelas da população moradoras da periferia, que por diversas razões não encontram acolhimento nesses espaços, não se reconhecem neles e não se acham no direito de tê-los. Nesse contexto é importante dar visibilidade a dois grandes nortes:

1- Quando falo de arte clássica, aqui não quero desvalorizar a arte da periferia, como os saraus culturais, o rap, os grafites que são tão presentes, mais incutir a importância que um determinado tipo de arte já conceituada e demasiada dominante pode ter para a formação do repertório cultural das pessoas, o que muitas vezes lhes é negado. Acredito que ter acesso a determinados códigos de cultura nos faz enriquecer, nos faz ter a sensação que esses símbolos também nos pertencem, também contam nossa historia.

2- A questão do acolhimento em determinados espaços culturais está sem dúvida mudando, alguns museus principalmente, por diversos motivos entre eles a questão de "ter publico exigido" a qualquer custo, estão fomentando diversas publicidades e ações acerca das exposições que realizam e com isso convidando um outro tipo de publico a frequenta-los. O que é benéfico sem duvida para o acesso,o saber que ali existe alguma coisa que temos que ir ver, estão nos convidando, porem trás uma serie de problemas de logística e de qualidade na apresentação de determinados artistas e conteúdo ao publico visto que muitos espaços não estão preparados para sanar, e isso digo com pessoal, o aumento na demanda.

De todas as formas é bom falar de alguns locais que são ótimos para se ver esse contexto.
Vamos listar uns cinco locais nas próximas postagens.

Por: Carmelita Costa.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

17º Festa do Imigrante 2012

Celebrar as diversidades que formam um todo!
Encontramos o Brasil e o mundo dentro de São Paulo:
  "...São Paulo da garoa, São Paulo que terra boa..."
Todavia, seu concreto é complexo, suas ruas dividem a riqueza da pobreza. Seus vales,
os Silvas, dos Matarazzos.






A cidade do imigrante:
Nordestino,
Mineiro,
Africano,     
Indígena, 






Paraguaio,
Português,



Italiano,                                             
Russo,
Libanês, Espanhol, Alemão,
Boliviano,
Japonês,
Inglês...





Tantas faces,
quantas línguas,
tantas cores,
quantos sabores...









Visita:
17º Festa do Imigrante 2012
Museu da Imigração do Estado de São Paulo.
Por: Raysa Mastelini                                            



Papel Mache

Tudo é possível, uma raposa talvez...

Por: Tricia Iziz.
Registro: Carmelita Costa.