sábado, 28 de março de 2015

Exposição "O mundo segundo Mafalda": conversas com uma arte-educadora.


Joaquim Lavado é QUINO, criador da querida e contestadora Mafalda.

A exposição “O mundo segundo Mafalda” iniciou-se em 17/12/14 na cidade de São Paulo SP.
O local escolhido para receber a exposição foi a Praça das Artes, espaço que atualmente abriga parte da administração do Theatro Municipal de São Paulo, e os conservatórios de dança e música.
A curadoria da exposição e montagem, pertence ao Museu Barrilete (Museu das crianças) de Córdoba na Argentina, em parceria com a secretaria de cultura da cidade de São Paulo.

A formação do educativo, foi atribuída a empresa “Limão produções culturais”, que selecionou arte-educadores, das áreas de História, Letras, Artes cênicas, Artes visuais, Filosofia, Ciências Sociais e Jornalismo, para atuar na monitoria de visitas de escolas e público espontâneo.
A exposição oferecia entrada gratuita e ficava aberta ao público de segunda à segunda. “O mundo segundo Mafalda”, encerrou-se dia 15/03/15.
Sobre o educativo da exposição, trabalhávamos com material didático fornecido pelo Museu das Crianças, que consistia na contextualização histórica da personagem, com informações de seu criador (Quino); junto com informações técnicas de histórias em quadrinhos, além de aspectos e posições ideológicas que a personagem manifestava através de seus diálogos.

A parte mais importante do trabalho, era o atendimento a grupos de escolas e faculdades que procuravam a monitoria com os educadores, no intuito de obterem uma formação histórica e crítica sobre o assunto.

Sopa: uma alusão aos regimes militares na Argentina.

As visitas monitoradas tinham a duração de 1h30, onde era apresentado o personagem para os grupos, em um processo que envolvia questionamentos e debates, principalmente quando eram apresentadas as temáticas abordadas pela personagem Mafalda, como: política, feminismo, repressão, infância, guerra, meio ambiente e outros temas do cotidiano humano.
Um dos ambientes onde sempre havia um padrão de atenção e interesse, era um espaço que reconstruia um apartamento de classe média argentina nos anos 60, onde os alunos observavam como a tecnologia (TV e telefone) estavam desconfigurando os lares tradicionais e incorporando um novo estilo de vida na sociedade argentina.


Após a visita expositiva, cada educador tinha a liberdade de elaborar oficinas envolvendo a criação de histórias em
quadrinhos, produções de textos e dinâmicas lúdicas com os grupos.
A faixa etária dos alunos atendidos variava: de crianças da pré-escola, fundamental I e II, ensino médio, faculdades, ONGs, centros de convivência e grupos de idosos; sendo essas instituições públicas e privadas.

Colégio São Judas Mooca, março 2015.

No geral, a atividade como educador era muito prazerosa, pois a temática abordada nos ajudava a conduzir uma visita lúdica, mas ao mesmo tempo educativa, crítica e questionadora com os alunos.
O trabalho dos arte-educadores demonstra como é importante a educação informal como complementação a sala de aula. Assim como, percebemos que os eixos temáticos que apresentávamos para os alunos, eram os mesmos usados na escola, porém sobre uma abordagem diferente da “oficial”.
Ademais, nosso intuito era despertar o hábito da leitura através das histórias em quadrinhos, principalmente quando trabalhávamos com crianças e adolescentes.

Por: Raysa Matelini.



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